quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Travessia Petrópolis-Teresópolis - A favorita dos Montanhistas

   
  Considerada por muitos a travessia mais bela do Brasil, a travessia Petrópolis Teresópolis, um clássico do montanhismo brasileiro, é o principal atrativo do Parque Nacional Serra dos Órgãos. O trekking conhecido como Petrô x Terê conta com cerca 30 km de belíssimas paisagens simplesmente encantadoras.

A travessia passa pelos cumes mais altos do parque, Castelos do Açu, Morro do Marco, Morro da Luva, Elevador e, finalmente, a Pedra do Sino, o ponto culminante do PARNASO. Além disso, a caminhada proporciona uma vista privilegiada das cidades do Rio de Janeiro, Petrópolis, Teresópolis e região. A cada quilômetro conquistado uma novo cenário se impõe. A cadeia majestosa de rochas que compõe a Serra dos Órgãos começa a ganhar cada vez mais destaque com o avançar dos passos.

É uma das travessias mais tradicionais do País, e, normalmente, é realizada em três dias, porém, pode ser feita em dois dias, um dia ou mesmo em algumas horas, como já ousaram alguns atletas.

A caminhada em três dias começa com a conquista dos Castelos do Açu, a 2.232 metros de altitude. A aventura inicia-se na Sede Petrópolis, localizada no bairro Bonfim. São 8 km de trilha pesada, com desnível de 1.100 metros. Essa pode ser considerada a parte mais dura da caminhada, e, geralmente, é concluída em uma média de seis horas.



A chegada ao Açu é de fato uma grande conquista, de lá a visão é dos Deuses. A primeira grande atração são os Castelos do Açu, enorme formação rochosa que muito se assemelha a uma tartaruga. Dessa forma, muitos montanhistas a conhecem por Pedra da Tartaruga.



 
Avistamos também a cadeia montanhosa que deu nome ao parque, a Serra dos Órgãos, um verdadeiro capricho natural e geológico com maciços rochosos em formatos inusitados e curiosos.

De lá podemos avistar toda a Baía de Guanabara em sua forma mais bela e a cidade do Rio de Janeiro em sua única versão monótona.


Os espetáculos na montanha também tem hora marcada. O pôr do sol é o recordista de audiência. Antes que o Astro possa cruzar a linha do horizonte, os observadores já estão aos pés do Cruzeiro saudando o ocaso. Aliás, talvez esse seja um dos momento mais aguardados da expedição.

       A partir daí inicia-se a noite na montanha. Outro momento singular, o frio normalmente é intenso devida a altitude, no céu a ênfase para Lua ou apenas para as estrelas que parecem estar mais próximas do que nunca.

    Por fim, a chegada do novo dia é o momento mais esperado, antes que o Astro Sol ressurja do horizonte leste, os amantes já esperam apreensivos, sentindo sua presença através da luz que ao poucos invade o cenário. 


       Energias renovadas para mais um dia de caminhada, 8 km sentido Pedra do Sino (canto esquerdo da foto), ponto mais alto do Parque. A trilha segue do Açu sentido Morro do Marco, trecho relativamente curto, mas que demonstra o perfil da caminhada, com constantes descidas pelas paredes rochosas seguidas de subidas íngremes até o cume da próxima montanha. São basicamente cinco cumes alternados com seis vales.

Ao vencer o Morro do Marco pode-se avistar os Castelos do Açu ao longe, e a Pedra da Tartaruga já não guarda mais sua configuração inicial. Deste cume avista-se também a Serra dos Órgãos de forma mais impactante, já que suas formas tornam-se mais expressivas, embora a distância ainda pareça considerável.

Hora de descer, sentido Vale do Paraíso ou Vale da Luva, como também é conhecido. Esse é um dos lugares mais singelos da travessia. Uma fonte de água cristalina corta a trilha, contornada por uma vegetação fechada e cheia de cores no verão e primavera. Estamos em um trecho da chamada "Mata Nebular" com destaque para as bromélias e a "Flor de Maio", de beleza singular. É o momento de reabastecer as energias e os cantis.

A trilha segue ao próximo cume: o Morro da Luva. Essa, sem dúvida, a subida mais extensa e exigente da travessia, cuja recompensa aguarda no topo. A vista do Morro da Luva é um privilégio, posto que a Serra dos Órgãos aparece bem a frente, mais próxima do que nunca, ostentando toda a sua imponência diante de seres como nós. Talvez uma das últimas aparições dos Castelos do Açu, antes da chegada ao topo do Sino.

Segue-se, então, para mais um vale. A descida do Morro da Luva leva em direção a um charco, que em uma oportunidade batizamos de "brejo do sapo", que nos leva até a continuidade da trilha. Esse também é um lugar interessante durante a travessia, uma vez que consiste em um vale localizado entre duas paredes rochosas, normalmente, com um nível de água de aproximadamente oitenta centímetros e com pequenos arbustos flutuantes alternados, sendo certo que os passos devem ser dados sobre os mesmos, sob pena de caminhar com água acima dos joelhos! Passado esse pequeno trecho, a trilha continua sentido a "Cachoeirinha", o vale em que se inicia a subida ao Cume do Elevador.

A "Cachoeirinha" corta a trilha lindamente, nesse ponto fora inclusive construído um corrimão para tornar a travessia mais segura. A "Cachoeirinha" fica para trás e o que se impõe a nossa frente é uma parede bem íngreme, tanto que foi necessária a colocação de aproximadamente 70 degraus feitos com vergalhões chumbados na pedra. Vencido esse desafio, chega-se ao topo do Morro do Elevador. Não se sabe ao certo a origem do nome, mas, não se pode negar que os referidos degraus facilitaram bastante à ascensão a este cume, assim como a função de um elevador em edifícios muito altos.



Nesse trecho da trilha a orientação não é muito clara, mas a Pedra do Sino fica cada vez mais próxima e começa a expressar toda a sua grandiosidade. Assim, a trilha segue com algumas leves subidas e descidas para então descer sentido ao Vale das Antas. Esse que pode ser considerado o penúltimo vale, há algum tempo atrás era área de camping, no entanto, atualmente, só se pode acampar nesta área em caso de emergência, devendo ser comunicado e justificado a administração do Parque. Contudo, esse seria o último lugar para um descanso prolongado e reabastecimento, antes de chegar ao último cume, haja vista que este vale é cortado um pequeno riacho de águas cristalinas.

A caminhada agora ganha um charme pouco visto até então, a trilha invade o chamado "vale das bromélias", um trecho marcado pela grande quantidade de bromélias e outras plantas. É o momento de relembrar que se está caminhando em meio a Mata Atlântica, em um cenário rico em cores e belezas, em alguns pontos totalmente encoberto pela vegetação, dificultando mesmo a visão do céu.

Finda esta passarela, chega-se a Pedra da Baleia, uma subida rochosa que muito se assemelha ao dorso de uma Baleia. E a trilha continua, ganhando cada vez mais altitude sentido Pedra do Sino.

Finalmente, estamos diante do último vale. Descemos um parede rochosa conhecida como Vale do Eco, peculiar pela capacidade de produzir ecos duplos devida a proximidade com os grandes paredões da Pedra do Sino. Seguindo para o Vale da Morte ou Mergulho, como alguns eufemistas preferem chamar. O Vale da Morte é um dos lances em que, dependendo do nível técnico dos visitantes, será necessária a utilização de cordas e equipamentos de segurança. Não se trata de uma passagem difícil, mas uma passagem delicada pela beira da pedra, onde se abre um pequeno abismo, se comparado ao próximo.

Nesse momento começa-se a invadir a Pedra do Sino, frente a frente com sua big wall, inicia-se a conquista de seu cume a 2.275 metros de altitude. Esse é um trecho íngreme e exigente, porém curto. Quando, de repente, o lance mais esperado de toda a travessia: o "Cavalinho". Esse lance é outra passagem em que será recomendado o uso de cordas e equipamentos de segurança. O lance do "Cavalinho" situa-se em uma fenda lateral que dá acesso ao cume da Pedra do Sino, em um trecho  em que é preciso ultrapassar uma pedra que obsta o estreito caminho á beira de um abismo colossal. A passagem, então, é feita efetivamente montando nessa pedra chamada por essa razão de "Cavalinho", e, finalmente prosseguir pela trilha estreita.



Por fim, após tantas amostras de beleza natural e majestosidade ao longo do percurso é quase inacreditável chegar ao topo da Pedra do Sino. A visão contempla 360° do ponto culminante da região, retirando o fôlego que ainda restou da extensa caminhada. Avista-se novamente os Castelos do Açu a uma distância inacreditavelmente percorrida naquele mesmo dia, a Baía de Guanabara em toda a sua extensão, as cidades limítrofes e alguns picos de grande altitude, com destaque para os Três Picos de Nova Friburgo.

Do cume do Sino não se vê mais a Serra dos Órgãos da qual o mesmo faz parte, no entanto, o topo do Garrafão fica bem a frente convidativo para uma nova expedição.




 
    Descendo do cume, a trilha segue para o segundo abrigo de Montanha, o Abrigo 4, localizado na área de camping, visto que não é permitido acampar no topo do Sino. Este abrigo é bem mais antigo que o Abrigo Açu que foi construído apenas em 2009. O acampamento na Pedra do Sino é bem mais intenso que no Açu. Normalmente, as expedições são feitas da Sede de Teresópolis até a Pedra do Sino. No entanto, também pode ser feita a travessia Teresópolis-Petrópolis, ainda que não seja a preferida, uma vez que o sentido oposto proporciona uma caminhada de frente para as grandes montanhas.

O último dia de trekking é o mais leve pelo fato de já estarmos em altitude, restando-nos apenas descer. São 11 km de descida até a Sede de Teresópolis. No final da trilha passamos por algumas cachoeiras como a Cachoeira do Papel e Cachoeira do Véu da Noiva, com cerca de 16 metros de queda. A porteira que marca o final da trilha é conhecida como "Portal do Inferno", o nome não muito sugestivo, mas enfatiza a extensão da trilha.

Na Sede Teresópolis existe uma infraestrutura bem mais elaborada do que na Sede Petrópolis, oferecendo outras possibilidades de lazer, como piscinas naturais, lanchonetes, lojas e salões onde são expostos informações relevantes sobre a natureza e a história do Parque.

Vem com a gente conhecer a Travessia mais bonita do Brasil?

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Castelos do Açu

    A magia de estar na montanha é algo inexplicável para quem aprecia, ininteligível para quem desconhece e inimaginável para quem pretende conhecer. Portanto, somente é contagiado aquele que conquista a montanha.

 Os Castelos do Açu são protagonistas do morro do Açu. Estamos falando da montanha mais conhecida entre os Petropolitanos. Localizada no Parque Nacional Serra dos Órgãos (PARNASO), a 2.232 m de altitude. O principal acesso ocorre pela Sede Petrópolis, no Pinheiral, bairro do Bonfim - Correas.

  Interessante notar que devida as curiosas formações rochosas encontradas no PARNASO, a imaginação humana, associando as formas geológicas com figuras semelhantes, nomeou cada uma delas.

   O nome oficial é Castelos do Açu, fazendo referência ao aglomerado de rochas enormes, e que, juntas, curiosamente formam uma escultura monumental de uma Tartaruga. Assim, foi-me apresentada: Pedra da Tartaruga. É claro que isso não é pacífico. Afinal, a imaginação humana é infinita. Há também quem visualize a escultura de uma baleia. No entanto, segundo um experiente guia local, a origem do nome Açu estaria associado a palavra tatu, outro animal que se pode imaginar através de tal rocha. De todos eles, a Tartaruga é a que melhor consigo visualizar, em termos de perfeição. É aquilo, a primeira impressão é a que fica!

  Contudo, semanticamente, a palavra Açu é um radical de origem tupi, com função adjetiva, que significa grande. Bastante coerente com as dimensões da rocha.

  O percurso até o Açu tem aproximadamente 8 km e se divide em alguns pontos de paradas estratégicas. O primeiro trecho é da portaria do parque até uma encruzilhada chamada VÉU X AÇU. Nesse ponto as coisas se definem. E quem pegar o caminho à direita está ingressando em uma viagem mais longa até os campos de altitude.

   Essa primeira parte é um dos trechos mais difíceis da caminhada, pois é longo e nos prepara para o vem pela frente. Depois, seguimos para o segundo ponto de parada: a PEDRA DO QUEIJO. O formato da pedra bem que lembra um queijo, mas o que dizem é que esse nome veio associado ao fato de que é ali que as pessoas descarregam o suor.

   Bom, o fato é a pedra do queijo é nosso primeiro mirante digno de uma foto. De lá é possível avistar o ponto inicial da caminhada e já ficamos surpreendidos com o quanto ganhamos altitude. Porém, de lá também avistamos onde queremos chegar. Coloca-se a nossa frente um belo paredão verde que teremos que enfrentar para chegar ao chapadão, o trecho mais bonito da caminhada.

   Mas antes do chapadão temos mais uma parada obrigatória: o AJAX. É o nosso terceiro ponto, e um dos mais importantes, pois é a hora de reabastecer os cantis. Uma nascente de água cristalina nos permite um momento de recarga para encarar o trecho mais exigente da trilha, a ISABELOCA.

   Esse é o trecho em que a trilha é mais acidentada, a desarmonia da erosão com as pedras no caminho formam degraus irregulares, sendo, algumas vezes, necessário o auxílio das mãos para vencer os obstáculos. Há quem diga que o nome ISABELOCA (Isabel + oca = casa de Isabel) veio pelo fato de a Princesa Isabel, integrante da Família Real, teria passado muito por lá, inclusive sendo responsável pela primeira catalogação de orquídeas na região.

   Vencida a Isabeloca, chega-se ao mais belo trecho da caminhada: o CHAPADÃO. Esse nome é autoexplicativo quando se está lá. Porque trata-se uma bela crista a 2000 m de altitude que nos leva até o Açu. Nesse ponto já estamos em campos de altitude, e já é possível avistar a cidade do Rio de Janeiro, com destaque para a Baía de Guanabara que parece um espelho ao fundo do cenário.



   Agora estamos muito perto de alcançar o topo. Após caminhar alguns minutos pelo chapadão percebe-se que, apesar de tão alto, ainda há altitude a ganhar, e o trecho não é tão plano como se esperava. Mais três morros precisam ser vencidos.

   Ao chegar ao Açu, sensação única que o sentido da visão pode nos proporcionar. Avistar a pedra da Tartaruga talvez seja equiparada a visão do oásis. É nesse momento que tudo ganha significado, e concluímos que estar ali tem o seu preço, e posso dizer agora que é um preço módico.

   Conquistado o topo, é hora de apreciar a experiência e as sensações de estar naquele lugar. Essa expedição pode ser feita em um dia apenas. No entanto, o ideal é acampar para contemplar os espetáculos que acontecem no pôr e no nascer do Sol.

   Além disso, dormir em barracas, curtir o frio da montanha e observar o céu noturno, sem as interferências urbanas, são outras das muitas experiências que se pode vivenciar.

   O pôr do sol tradicionalmente é visto do Cruzeiro, ponto mais alto do Açu. E é sempre o mesmo ritual: a galera vai chegando e se acomodando ... câmeras a postos, aguardando o espetáculo começar.




   A energia captada nesse momento é imensurável, mas ainda não é tudo. Após o pôr do sol é que se pode ter a melhor visão da Cidade Maravilhosa toda iluminada. O cair da noite também nos traz um presente, a Lua, que parece estar bem mais perto agora.

Nascer do Sol no Açu!
   E depois de uma noite dessas, talvez o momento mais esperado de todos seja o amanhecer. O nascer do Sol é contagiante, após uma noite fria, a energia solar é capaz de despertar sentimentos únicos e nos fortalecer para o novo dia que acaba de chegar. Além disso, é uma oportunidade de observar a viagem que fazemos todos os dias em uma velocidade de aproximadamente 1.666 km/h. A aproximação do Sol dá vida ao dia e os observadores já esperam ansiosos a pela sua aparição.

Quer conhecer esse lugar incrível? Então entre em contato com a gente! 

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Caminhar para conquistar!

   O Montanhismo tem a peculiar característica de nos deixar muito próximos do nosso estado selvagem, o contato com a natureza parece nos levar a algo que conhecemos intimamente, embora não tivéssemos a oportunidade de vivenciar.

   Tudo começou com uma vontade imensa de emergir. O desejo de chegar ao topo moveu essa história sentido avante.

   A sensação da conquista é magnífica, pois só pode ser alcançada por esforços próprios, vencendo limites e encarando desafios, neste caso, por um objetivo finalístico, porém, aparentemente, não tão teleológico.
Então, sobre o "porquê" subir a montanha, vale a pena citar a clássica resposta de George Mallory, o primeiro homem a chegar ao topo do Mundo, em 1924 (ainda que não oficialmente): "Because it's there!"

   No entanto, ainda que se deva admitir que não exista um porquê a se questionar, é perfeitamente possível atribuir variados significados ao prazer de conquistar uma Montanha. A história do homem mostra sua busca constante pela conquista, que se resume em alcançar algo que se almeja. E, de fato, algo que se deseja é a essência da subjetividade, logo, o significado é tão pessoal que não caberia, se quer, o questionamento sobre o "porquê" subir a montanha.

   Abro aqui, então, um parêntese. Para mim, quem irá narrar nas próximas postagens suas experiências como Montanhista, conquistar uma montanha é um aprendizado para a vida!

   Chegar ao topo de uma montanha, ainda que não seja a maior do Mundo, ou mesmo que digam que não é uma montanha verdadeiramente, exige preparo, cuidados e respeito. Antes de se entregar ao ambiente um tanto selvagem e, as vezes, hostil que a natureza nos reserva é preciso se preparar, prevendo tudo o que é possível, dentre equipamentos e alimentos, que serão necessários para o sucesso da expedição. Além disso, são necessários cuidados de sobrevivência, afinal, estamos em território alheio, centenas de outros seres vivos habitam o ambiente que se quer adentrar, inclusive animais peçonhentos, por isso, todo cuidado é pouco. Por fim, o respeito que a Natureza merece, tamanha a sua superioridade e autoridade, nos enquadrando em nosso lugar de visitantes e não donos da casa.

   O caminho até onde se quer chegar é longo, a trilha é acidentada, o peso que se deve carregar é aquele necessário à própria subsistência. A cada passo dado, reduz-se o percurso até o objetivo, quanto mais se anda, menos há para andar. 

   É preciso muita paciência e determinação para entender a missão, programá-la,  e, por fim, executá-la. A recompensa é certa, mas muitas vezes será preciso sabedoria para enxergar a beleza em meio as nuvens que ofuscam sua visão e sentir a energia intensa do ambiente natural, ainda que o frio, algumas vezes cortante, iniba quaisquer outras sensações.

  Já a beleza monumental quando explícita é capaz de despertar até o mais urbano e insensível dos homens. Porque a grandeza do cenário impõe, no mínimo, respeito. Qualquer semelhança de tudo isso com o que devemos aprender para a vida é mera coincidência!!!